fonte: http://neturalmente.com/produtos-naturais/polen-o-que-e-e-para-que-serve-o-polen-de-abelha/
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
PÓLEN DE TIÚBA
fonte: http://neturalmente.com/produtos-naturais/polen-o-que-e-e-para-que-serve-o-polen-de-abelha/
sábado, 15 de outubro de 2011
II Feira Tecnológica de Arranjos Produtivos Locais do Maranhão – FTAPL


Além de influenciar Políticas Públicas nesta área.
sábado, 8 de outubro de 2011
VENENO DE ABELHA: A NOVA ARMA CONTRA O CÂNCER

Os pesquisadores acoplaram a toxina melitina, presente no veneno de abelhas, a moléculas, ou nanopartículas, que batizaram de "nanoabelhas".
Depois disso, estas “nanoabelhas” foram introduzidas em ratos que possuíam tumores. De acordo com os pesquisadores, as partículas então atacaram e destruíram apenas as células cancerosas, protegendo outros tecidos do poder destrutivo da melitina.
Após algumas aplicações das "nanoabelhas", os tumores dos ratos teriam encolhido ou parado de crescer, de acordo com os cientistas.
"As nanoabelhas 'voam', pousam na superfície das células e depositam sua carga de melitina, que rapidamente se funde com as células-alvo. Mostramos que a toxina da abelha é levada para as células, onde faz furos em suas estruturas internas", afirmou um dos autores do estudo, Samuel Wickline, que lidera o Centro Siteman de Excelência em Nanotecnologia da Washington University de St. Louis.
"A melitina tem interessado pesquisadores pois, em concentrações altas, pode destruir qualquer célula com que entrar em contato, o que faz com que seja um agente antibacteriano e antifúngico e, potencialmente, um agente contra o câncer", acrescentou Paul Schlesinger, outro autor da pesquisa e professor de biologia celular e fisiologia.
"Células cancerosas podem se adaptar e desenvolver resistência a muitos agentes anticâncer que alteram a função genética ou têm como alvo o DNA das células, mas é difícil para as células encontrar uma forma de driblar o mecanismo que a melitina usa para matar", disse.
O estudo foi publicado na revista científica online Journal of Clinical Investigation.
Testes
Depois de quatro ou cinco injeções das nanopartículas que carregavam a melitina, durante vários dias, o crescimento dos tumores de câncer de mama nos ratos desacelerou em 25%, e o tamanho dos tumores de melanoma nos ratos diminuiu em 88%, comparados aos tumores não tratados.
Os pesquisadores sugerem que as “nanoabelhas” se juntaram nestes tumores sólidos devido ao fato de tumores frequentemente apresentarem vasos sanguíneos com vazamentos, e tendem a reter material.
Cientistas chamam isto de permeabilidade aumentada e efeito de retenção dos tumores, e isto explica a razão de alguns medicamentos se concentrarem mais em tecido de tumores do que em tecidos normais.
Os cientistas americanos também desenvolveram um método mais específico para ter certeza de que as “nanoabelhas” ataquem os tumores, e não o tecido saudável, ao carregarem estes dispositivos com componentes adicionais.
Quando eles adicionaram um outro agente que era atraído pelos vasos sanguíneos em crescimento em volta dos tumores, as “nanoabelhas” foram guiadas para células de lesões pré-cancerosas, que estavam aumentando rapidamente seu fornecimento de sangue.
As injeções com “nanoabelhas” reduziram em 80% a extensão da proliferação destas células pré-cancerosas, de câncer de pele, em ratos.
Os pesquisadores da Washington University mostraram que as nanopartículas protegeram os glóbulos vermelhos dos ratos e outros tecidos dos efeitos tóxicos da melitina. As “nanoabelhas” injetadas na corrente sanguínea não prejudicaram os ratos e não causaram danos aos órgãos.
E, estando dentro das “nanoabelhas”, a melitina também não foi destruída pelas enzimas que quebram proteínas, produzidas naturalmente pelo corpo.
O centro das “nanoabelhas” é composto de perfluorocarbono, um composto inerte que é usado em sangue artificial.
"As 'nanoabelhas' são uma forma eficaz de embalar a melitina, que é útil, mas potencialmente letal, isolando (a toxina) para que não prejudique células normais ou seja degradada antes de chegar ao alvo", afirmou Paul Schlesinger.
A flexibilidade destas “nanoabelhas” e outras nanopartículas criadas pelo grupo na Washington University sugere que elas poderiam ser adaptadas para atender a várias necessidades médicas.
"Potencialmente, (nanopartículas) poderiam ser formuladas para um paciente em particular", afirmou Schlesinger. "Estamos aprendendo mais e mais a respeito da biologia de tumores e este conhecimento pode permitir, em breve, que criemos nanopartículas para tumores específicos, usando o tratamento das nanoabelhas."
domingo, 1 de maio de 2011
AS ABELHAS SUMIRAM!
As abelhas sumiram!
Primeiro, as abelhas começaram a desaparecer nos Estados Unidos, depois no Canadá e, então, no Brasil. “Nós, em Santa Catarina, tivemos um problema muito sério na primavera passada. Álias, esse problema tem se agravado muito e sempre nesta mesma épóca do ano”, explica o professor Afonso Inácio Orth, um dos principais especialistas em abelhas do país e que tem acompanhado os estudos que buscam respostas para o desaparecimento dos insetos desde que este problema foi detectado.
“O primeiro grande risco é a fragilização da produção mundial de alimentos, principalmente pelo fato de nós dependermos quase que exclusivamente das abelhas. Além disso, um risco secundário, mas não menos importante, é o de afetarmos toda a ecologia local, porque essas abelhas também acabam polinizando as plantas nativas e, a partir do momento em que você elimina os polinizadores, essas plantas nativas deixarão de se reproduzir e, com isto, nós poderemos estar alterando profundamente os ecossistemas”, apontou na entrevista que concedeu à IHU On-Line por telefone.
Afonso Inácio Orth é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestre em Entomologia pela Universidade Federal do Paraná e doutor em Biologia pela University of Miami (EUA). Atualmente, é professor no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Que fatores estão causando o desaparecimento das abelhas das colmeias? Desde quando esse fenômeno está ocorrendo?
Afonso Inácio Orth – Esse fenômeno do desaparecimento das abelhas e o colapso das colmeias nos países do hemisfério Norte, Estados Unidos e Europa, começou em 2007 e várias causas foram atribuídas a ele, embora não se tenha encontrado nenhuma resposta definitiva. No Brasil houve em vários momentos diferentes supostos desaparecimentos de abelhas, mas não necessariamente na mesma dimensão verificada no hemisfério Norte. Nós, em Santa Catarina, tivemos um problema muito sério na primavera passada. Álias, esse problema tem se agravado muito e sempre nesta mesma época do ano.
IHU On-Line – O desaparecimento das abelhas já pode ser considerado um fenômeno mundial?
Afonso Inácio Orth – O Congresso Nacional dos Estados Unidos liberou verbas específicas para pesquisas sobre este tema, já que esse é um problema sério para o país. No entanto, até hoje não se chegou a nenhuma conclusão que explique esse desaparecimento. No início se achava que era algum vírus ou contaminação por agrotóxicos. Mais recentemente existiu uma suspeita muito forte em cima de algumas moléculas de agrotóxicos novos. No entanto, mesmo com todas as pesquisas, até agora não se chegou a nenhum veredicto.Como não existe nenhuma prova definitiva do que está acontecendo, fica muito difícil você dizer que todos os problemas na apicultura foram causa única. Aqui em Santa Catarina, nós temos um cuidado muito grande em não caracterizar como o mesmo problema dos Estados Unidos, mesmo porque nós temos abelhas totalmente distintas daquelas que são criadas lá. As nossas abelhas são africanas e, na teoria, são muito mais resistentes a problemas patológicos em relação às abelhas estadunidenses. A desvantagem é que a espécie que criamos abandona mais facilmente a colmeia e produz menos mel.
IHU On-Line – Que danos o sumiço das abelhas causa à fruticultura e agricultura?
Afonso Inácio Orth – Em primeiro lugar, existe o dano direto aos apicultores e a perda da produção apícula, que é principalmente caracterizada pela produção de mel, própolis, cera e pólen. Além disso, temos uma perda bastante significativa na agricultura. Neste caso, a abelha é considerada pelo menos dez vezes superior como produtora de alimentos. Por exemplo, não se produz maçã sem a ajuda das abelhas no país. Nós da parte Sul do país temos uma vocação muito forte para a produção de frutas de clima temperado, e praticamente todas elas são altamente dependentes da polinização mediada pelas abelhas. Além disso, a polinização interfere diretamente em outras culturas, como a do girassol e a da soja.
IHU On-Line – Sem abelhas para fertilizar as plantações, a produção de alimentos pode ser alterada?
Afonso Inácio Orth – Algumas espécies de cereais são polinizadas basicamente pelo vento, tais como o milho, o trigo, o arroz. Grande parte das espécies que produzem proteínas, por exemplo, as frutas, é polinizada por abelhas. Portanto, pode-se afetar tanto a alimentação animal quanto a da própria espécie humana.
IHU On-Line – Que riscos o sumiço das abelhas pode gerar para a humanidade?
Afonso Inácio Orth – O primeiro grande risco é a fragilização da produção mundial de alimentos, principalmente pelo fato de nós dependermos quase que exclusivamente das abelhas. Além disto, um risco secundário, mas não menos importante, é de afetarmos toda a ecologia local, porque essas abelhas também acabam polinizando as plantas nativas e, a partir do momento que você elimina os polinizadores, essas plantas nativas deixarão de se reproduzir e, com isto, nós poderemos estar alterando profundamente os ecossistemas.
IHU On-Line – O ambientalista James Lovelock, em Hipótese de Gaia, diz que as abelhas podem estar pressentindo as mudanças climáticas ou um nível de poluição que os equipamentos humanos não são capazes de detectar. O sumiço desses animais pode ser um aviso de que a saúde do nosso planeta corre perigo?
Afonso Inácio Orth – Não só em relação à poluição e às mudanças climáticas os animais são mais sensíveis, mas até adventos bastante traumáticos como, por exemplo, existem estudos que associam a movimentação de insetos e abelhas e de pássaros prevendo ocorrência de abalos sísmicos na crosta terrestre. Embora tenhamos poucos estudos que possam claramente relacionar estes dois temas, acredito que a abelha é um excelente fator biológico para detectar alterações nos ecossistemas causados pela poluição do homem. E é claro que esta influência do homem pode afetar indiretamente as mudanças climáticas como, por exemplo, o aumento da temperatura. Por isso, concordo, sim, com as colocações de Lovelock.
IHU On-Line – Que função as abelhas desempenham na cadeia produtiva e a responsabilidade delas no meio ambiente? Nesse sentido, qual a importância de preservá-las?
Afonso Inácio Orth – Uma das fases cruciais na existência de uma planta é o seu estágio reprodutivo, e hoje sabemos que 90% das plantas dependem da polinização realizada por animais, como abelhas e outros insetos. Se não tivermos esses animais, nós romperemos o ciclo de reprodução continuada das plantas. Isso poderá afetar profundamente a sobrevida destas espécies no mundo todo, no ecossistema.Hoje boa parte do produto que exploramos depende das abelhas para produzir adequadamente. Por isso, precisamos preservar o equilíbrio ambiental. Sem as abelhas nós não conseguiremos preservar as espécies de vegetais e animais que vivem nos diferentes ecossistemas.
IHU On-Line – A exemplo do Canadá, Estados Unidos e Europa, os apicultores do estado de Santa Catarina apontam para o sumiço de abelhas. Já se sabe quais são as causas?
Afonso Inácio Orth – A Federação das Associações de Agricultores e Apicultores de Santa Catarina começou a receber muitas reclamações de sumiços de abelhas na primavera do ano passado. Depois de ocorrido o fato nós começamos a pensar um pouco sobre a dimensão deste problema. A primeira ação desta federação foi criar uma comissão técnico-científica da qual eu faço parte. Primeiramente, fizemos um levantamento da realidade desta mortandade e chegamos a dados bastante preocupantes. Tivemos agricultores que relataram perda de 80% de sua produção; outros que não relataram quase nenhuma perda. E essa perda estava presente em pequenos, médios e grandes agricultores e apicultores que praticavam a cultura orgânica. Então, não houve apenas problemas na apicultura tradicional.Em relação ao motivo dessas perdas nós não temos ainda dados concretos para discutirmos isso, até porque começamos este levantamento após o fato ter ocorrido, sendo relatado, somente então, para a federação. Houve alguns casos em que foram feitos estudos que revelaram intoxicação por agrotóxicos. É possível que as alterações climáticas tenham relação com o desaparecimento. Tivemos, na primavera do ano passado, problemas de temperatura e precipitação, o que pode ter afetado a alimentação das abelhas. Mas isso é uma hipótese, não podemos afirmar categoricamente. Nos formulários que os apicultores nos enviaram, eles sugeriram problemas de doenças ou parasitas, principalmente ácaros.Não podemos, todavia, tomar nenhuma posição sem dados concretos sobre o fato.Na verdade, de uma forma concreta, sabemos que o problema ocorreu, que foi bastante sério. Inclusive, nós tememos que faltem colmeias para a próxima polinização. Mas ainda não conseguimos detectar claramente o que está acontecendo. Só nesta semana recebemos algumas chamadas: uma do oeste, outra da região serrana e uma terceira chamada do sul do Estado. Aparentemente, o problema – a perda das colmeias – continua este ano, nos deixando preocupado. Mas nós não temos um diagnóstico do que ocorreu ano passado e o que está acontecendo agora.
IHU On-Line – A abelha convive num sistema de extraordinária organização. Pode nos explicar como se dá essa organização e hierarquia nas colmeias?
Afonso Inácio Orth – Uma colmeia de abelhas é constituída basicamente por uma fêmea reprodutiva, a rainha, machos reprodutivos, que são os zangões, e a mesma quantidade de fêmeas não reprodutivas que são as operárias. Na verdade, as operárias executam diferentes tarefas no decorrer da vida adulta delas, iniciam trabalhando mais dentro de casa. Como as próprias crianças nos lares dos seres humanos, as abelhas trabalham com a limpeza, a nutrição das larvas, com a colmeia, depois trabalham na defesa da colmeia e a última atividade que elas executam é a atividade forageira, quando elas voam para os campos a fim de coletar/conduzir pólen, néctar e água.Existe uma cadência lógica bastante grande no exercício das atividades. Por outro lado, caso não tivermos um mínimo de abelhas novas para alimentar as larvas, nós não temos como perpetuar a colmeia por meio de produção de novas abelhas, porque vai faltar alguém que alimente essas larvas. Na verdade, existe todo um sistema complexo, embora a colmeia possa sempre se adaptar. Porém, se não têm abelhas campeiras, normalmente elas começam a se deslocar para o campo mais precocemente. A mesma coisa pode acontecer permanecendo mais tempo dentro do ninho. São situações extremamente anormais.
IHU On-Line – Poucas são as pessoas que pesquisam sobre este assunto no Brasil. Por que isso acontece?
Afonso Inácio Orth – Talvez a biologia organismal ou a própria ecologia do organismo tem recebido pouca atenção não só no caso específico das abelhas, mas de animais e plantas de uma maneira geral. Essa é uma realidade no Brasil e no mundo afora. Hoje se investe muito recurso em cima de sofisticados estudos tecnológicos, mas algumas questões simples nós deixamos de fazer, e isso acaba não gerando informações importantes das quais precisamos para preservação do meio ambiente e para a produção agrícola.Felizmente, em países onde o problema se agravou rapidamente, que é o caso dos Estados Unidos, começaram a ser liberados recursos para a realização de pesquisas em larga escala, justamente para tentar fazer frente ao problema da falta de abelhas. No último ano, por exemplo, eles importaram mais de um milhão de colmeias de outros países, principalmente da América Latina e da Nova Zelândia, para suprir a deficiente das colmeias. Espero que aqui no Brasil tenhamos a liberação de dinheiro para projetos desta envergadura e estudos de espécies.
IHU On-Line – O Brasil tem algum plano de proteção a esses animais?
Afonso Inácio Orth – Acredito que é preciso analisar a ampla acessibilidade que nós temos para a utilização de agrotóxicos. Hoje, nós somos um dos maiores consumidores de agrotóxico. A utilização excessiva de agrotóxicos não é compatível com um programa de proteção de abelhas. Atualmente, apesar de não sermos a maior economia mundial, nem o maior produtor agrícola, nós somos o maior consumidor de agrotóxicos. Há algo de muito errado nisso.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17731
quinta-feira, 21 de abril de 2011
CURIOSIDADE SOBRE AS RAÇAS DAS ABELHAS DO GÊNERO APIS
A seguir, apresentam-se algumas características das raças de abelhas introduzidas no Brasil.
Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Russia, provavelmente estendendo-se até a Península Ibérica.
Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas.
Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas.
Nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade caso o manejo seja inadequado.
Produtivas e prolíferas, adaptam-se com facilidade a diferentes ambientes.
Propolisam com abundância, principalmente em regiões úmidas.
Essas abelhas têm coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre apicultores de todo o mundo.
Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm).
Possuem sentido de orientação fraco, por isso, entram nas colmeias erradas freqüentemente.
Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças européias.
Possuem coloração cinza-escura, com um aspecto azulado, pêlos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm).
Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva.
Enxameiam com facilidade e usam muita própolis.
Sensíveis à Nosema apis.
Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdome cinza ou marrom.
Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas.
Coletam "honeydew" em abundância.
São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem.
São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas européias. Sendo assim, suas operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às européias (21 dias), o que lhe confere vantagem na produção e na tolerância ao ácaro do gênero Varroa.
Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de alarme. Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos, podendo estimular a agressividade de operárias de colmeias vizinhas.
Ao contrário das européias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos.
Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis.
Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por fatores ambientais internos e externos.
sábado, 12 de março de 2011
Novidade à vista: MEL de TIÚBA.

domingo, 16 de janeiro de 2011
ATENÇÃO: CAMPANHA PELA PRESERVAÇÃO DA VIDA
Caros amigos,
Silenciosamente, bilhões de abelhas estão morrendo, colocando toda a nossa cadeia alimentar em perigo. Abelhas não fazem apenas mel, elas são uma força de trabalho gigante e humilde, polinizando 90% das plantas que produzimos.
Vários estudos científicos mencionam um tipo de agrotóxico que contribui para o extermínio das abelhas. Em quatro países Europeus que baniram estes produtos, a população de abelhas já está se recuperando. Mas empresas químicas poderosas estão fazendo um lobby pesado para continuar vendendo estes venenos. A única maneira de salvar as abelhas é pressionar os EUA e a União Europeia para eles aderirem à proibição destes produto letais - esta ação é fundamental e terá um efeito dominó no resto do mundo.
Não temos tempo a perder - o debate sobre o que fazer está esquentando. Não se trata apenas de salvar as abelhas, mas de uma questão de sobrevivência. Vamos gerar um zumbido global gigante de apelo à UE e aos EUA para proibir estes produtos letais e salvar as nossas abelhas e os nossos alimentos. Assine a petição de emergência agora, envie-a para todo mundo, nós a entregaremos aos governantes responsáveis:
https://secure.avaaz.org/po/save_the_bees/?vl
As abelhas são vitais para a vida na Terra - a cada ano elas polinizam plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de um terço da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, poderíamos acabar sem frutos, legumes, nozes, óleos e algodão.
Nos últimos anos, temos visto um declínio acentuado e preocupante a nível global das populações de abelhas - algumas espécies de abelhas estão extintas e outras chegaram a 4% da população no passado. Cientistas vêm lutando para obter respostas. Alguns estudos afirmam que o declínio pode ser devido a uma combinação de fatores, incluindo doenças, perda de habitat e utilização de produtos químicos tóxicos. Mas um importante estudo independente recente produziu evidências fortes culpando os agrotóxicos neonicotinóides. A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede do maior produtor do agrotóxico, a Bayer, baniram alguns destes produtos que matam abelhas. Porém, enquanto isto, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o mundo inteiro.
Este debate está esquentando a medida que novos estudos confirmam a dimensão do problema. Se conseguirmos que os governantes europeus e dos EUA assumam medidas, outros países seguirão o exemplo. Não vai ser fácil. Um documento vazado mostra que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA já sabia sobre os perigos do agrotóxico, mas os ignorou. O documento diz que o produto da Bayer é "altamente tóxico" e representa um "grande risco para os insetos não-alvo (abelhas)".
Temos de fazer ouvir as nossas vozes para combater a influência da Bayer sobre governantes e cientistas, tanto nos EUA quanto na UE, onde eles financiam pesquisas e participam de conselhos de políticas agrícolas. Os reais peritos - apicultores e agricultores - querem que estes agrotóxicos letais sejam proibidos, a não ser que hajam evidências sólidas comprovando que eles são seguros. Vamos apoiá-los agora. Assine a petição abaixo e, em seguida, encaminhe este alerta:
https://secure.avaaz.org/po/save_the_bees/?vl
Não podemos mais deixar a nossa cadeia alimentar delicada nas mãos de pesquisas patrocinadas por empresas químicas e os legisladores que eles pagam. Proibir este agrotóxico é um caminho necessário para um mundo mais seguro tanto para nós quanto para as outras espécies com as quais nos preocupamos e que dependem de nós.
Com esperança,
Alex, Alice, Iain, David e todos da Avaaz
Leia mais:
Itália proibe agrotóxicos neonicotinóides associados à morte de abelhas: http://www.ecodebate.com.br/2008/09/22/italia-proibe-agrotoxicos-neonicotinoides-associados-a-morte-de-abelhas/
O desaparecimento das abelhas melíferas:http://www.naturoverda.com.br/site/?p=180
Alemanha proíbe oito pesticidas neonicotinóides em razão da morte maciça de abelhas:http://www.ecodebate.com.br/2008/08/30/alemanha-proibe-oito-pesticidas-neonicotinoides-em-razao-da-morte-macica-de-abelhas/
Campos silenciosos:http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/campos_silenciosos_imprimir.html
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
CURATIVO É CRIADO INSPIRADO NO MEL
Para gente como o paciente Leonard Halsted, que ficou meses com uma ferida aberta na perna após uma operação para retirada de um tumor, a diferença pode ser crucial. Em poucas semanas com o novo curativo, a ferida começou a fechar.
O cientista britânico Paul Davies combinou iodo e oxigênio em duas camadas de gel, inspirado na característica do mel.
"A cura foi quase milagrosa, a velocidade com que atuou, como ela diminuiu, inclusive a dor, em questão de dias. Em uma ou duas semanas, estava cicatrizada", disse Halstead.
Pensando no mel, Paul Davies combinou iodo e oxigênio em duas camadas de gel que interagem vagarosamente.
Davies acredita que o método pode ser útil aos sistemas de saúde públicos. Ele afirma que isso proporciona uma dupla ação, já que o iodo mata bactérias e o oxigênio estimula os glóbulos brancos do sangue que também matam bactérias, reforçando as defesas naturais do corpo.
Só a Grã-Bretanha gasta 4% do orçamento de saúde, ou seja, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões por ano, no tratamento de feridas que não cicatrizam. Alguns pacientes chegam a passar anos tratando a mesma ferida, com casos de até 20 anos.
O novo curativo custa mais caro do que o convencional, mas Paul Davies acredita que, se for adotado, o sistema de saúde pública pode economizar muito em longo prazo.
FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/01/cientista-cria-curativo-inspirado-no-mel-1.html
A COMPLEXA COMPOSIÇÃO DO MEL
Segundo Campos (1987), a composição média do mel, em termos esquemáticos, pode ser resumida em três componentes principais: açúcares, água e diversos. Por detrás dessa aparente simplicidade, esconde-se um dos produtos biológicos mais complexos. A tabela 5 apresenta a composição básica do mel.
Tabela 5: Composição básica do mel.
Açúcares
Os principais componentes do mel são os açúcares, sendo que os monossacarídeos frutose e glicose representam 80% da quantidade total (White, 1975). Já os dissacarídeos sacarose e maltose somam 10%.
White & Siciliano (1980) encontraram em alguns tipos de mel, açúcares incomuns como a isomaltose, nigerose, leucarose e turanose.
A alta concentração de diferentes tipos de açúcar é responsável pelas diversas propriedades físicas do mel, tais como: viscosidade, densidade, higroscopicidade, capacidade de granulação (cristalização) e valores calóricos (Campos, 1987).
Além dos açúcares, a água presente no mel tem papel importante na sua qualidade e características.
Tabela 6: Comparação de calorias do mel com outros alimentos

Água
O conteúdo de água no mel é uma das características mais importantes, influenciando diretamente na sua viscosidade, peso específico, maturidade, cristalização, sabor, conservação e palatabilidade.
A água presente no mel apresenta forte interação com as moléculas dos açúcares, deixando poucas moléculas de água disponíveis para os microorganismos (Veríssimo, 1987).
O conteúdo de água do mel pode variar de 15% a 21%, sendo normalmente encontrados níveis de 17% (Mendes & Coelho, 1983). Apesar de a legislação brasileira permitir um valor máximo de 20%, valores acima de 18% já podem comprometer sua qualidade final. Entretanto, níveis bem acima desses valores já foram encontrados por diversos pesquisadores em diferentes tipos de mel (Cortopassi-Laurino & Gelli, 1991; Costa et al., 1989; Azeredo & Azeredo 1999; Sodré, 2000; Marchini, 2001).
Em condições especiais de níveis elevados de umidade, o mel pode fermentar pela ação de leveduras osmofilíticas (tolerantes ao açúcar) presentes também em sua composição. Segundo Crane (1987), a maior possibilidade de fermentação do mel está ligada ao maior teor de umidade e leveduras.
O processo de fermentação pode ocorrer mais facilmente naqueles méis chamados "verdes", ou seja, méis que são colhidos de favos que não tiveram seus alvéolos devidamente operculados pelas abelhas; nessa situação, o mel apresenta teor elevado de água. Entretanto, mesmo o mel operculado pode ter níveis acima de 18% de água, caso o apiário esteja localizado em região com umidade relativa do ar superior a 60%.
Outros fatores associados ao processo de fermentação estão relacionados com a má assepsia durante a extração, manipulação, envase e acondicionamento em local não-apropriado (Faria, 1983).
A própria centrifugação pode contribuir negativamente na qualidade do mel. A centrífuga pulveriza o mel em micro partículas, favorecendo a absorção de água pela formação de uma grande superfície em relação ao volume. Se esse processo ocorrer em local com umidade relativa alta, o mel pode ter seu teor de água aumentado. O ideal seria que o local fosse equipado com desumidificador.
Enzimas
Segundo Crane (1987), a adição de enzimas pelas abelhas ao néctar irá causar mudanças químicas, que irão aumentar a quantidade de açúcar, o que não seria possível sem essa ação enzimática.
A enzima invertase adicionada pelas abelhas transforma 3/4 da sacarose inicial do néctar coletado nos açúcares invertidos glicose e frutose, ao mesmo tempo, que açúcares superiores são sintetizados, não sendo presentes no material vegetal original. Sua ação é contínua até que o "amadurecimento" total do mel ocorra.
Dessa forma, pode-se definir o amadurecimento do mel como a inversão da sacarose do néctar pela enzima invertase e sua simultânea mudança de concentração.
A enzima invertase irá permanecer no mel conservando sua atividade por algum tempo, a menos que seja inativada pelo aquecimento; mesmo assim, o conteúdo da sacarose do mel nunca chega a zero. Essa inversão de sacarose em glicose e frutose produz uma solução mais concentrada de açúcares, aumentando a resistência desse material à deterioração por fermentação e promovendo assim o armazenamento de um alimento altamente energético em um espaço mínimo.
Outras diversas enzimas, como a diastase, catalase, alfa-glicosidase, peroxidase, lipase, amilase, fosfatase ácida e inulase, já foram detectadas no mel por diferentes autores (Schepartz & Subers, 1966; White & Kushinir, 1967; Huidobro et al., 1995).
A diastase quebra o amido, sendo sua função na fisiologia da abelha ainda não claramente compreendida, podendo estar envolvida com a digestão do pólen.
Como a diastase apresenta alto grau de instabilidade em frente às temperaturas elevadas, sua presença ou não se faz importante na tentativa de detectar possíveis aquecimentos do mel comercialmente vendido, apesar de que também em temperaturas ambientes ela pode vir a deteriorar-se quando o armazenamento for prolongado.
A catalase e a fosfatase são enzimas que facilitam a associação açúcar-álcool, sendo um dos fatores que auxiliam na desintoxicação alcoólica pelo mel (Serrano et al., 1994). Entretanto, segundo Weston (2000), a catalase presente no mel se origina do pólen da flor e sua quantidade no mel depende da fonte floral e da quantidade de pólen coletado pelas abelhas.
A glicose-oxidase, que em soluções diluídas é mais ativa (White, 1975), reage com a glicose formando ácido glucônico (principal composto ácido do mel) e peróxido de hidrogênio, esse último capaz de proteger o mel contra a decomposição bacteriana até que seu conteúdo de açúcares esteja alto o suficiente para fazê-lo ( Schepartz et al., 1966; Mendes & Coelho, 1983).
Segundo White et al. (1963), a principal substância antibacteriana do mel é o peróxido de hidrogênio, cuja quantidade presente no mel é dependente tanto dos níveis de glicose-oxidase, quanto de catalase, uma vez que a catalase destrói o peróxido de hidrogênio (Weston et al., 2000).
Proteínas
Em concentrações bem menores, encontram-se as proteínas ocorrendo apenas em traços. A proteína do mel tem duas origens, vegetal e animal.
Sua origem vegetal advém do néctar e do pólen; já sua origem animal é proveniente da própria abelha (White et al., 1978). No segundo caso, trata-se de constituintes das secreções das glândulas salivares, juntamente com produtos recolhidos no decurso da colheita do néctar ou da maturação do mel (Campos, 1987).
Wootton et al. (1976) constataram em seis amostras de mel australianas os seguintes aminoácidos livres: leucina, isoleucina, histidina, metionina, alanina, fenilalanina, glicina, ácido aspártico, treonina, serina, ácido glutâmico, prolina, valina, cisteína, tirosina, lisina e arginina.
Dentre esses aminoácidos, a prolina, proveniente das secreções salivares das abelhas, é o que apresenta os maiores valores, variando entre 0,2% e 2,8%. Juntamente com o conteúdo de água, sua concentração é usada como um parâmetro de identificação da "maturidade" do mel (Costa et al., 1999). Segundo Von Der Ohe, Dustmann & Von Der Ohe (1991), é necessário pelo menos 200 mg de prolina/kg de mel.
Ácidos
Os ácidos orgânicos do mel representam menos que 0,5% dos sólidos, tendo um pronunciado efeito no flavor, podendo ser responsáveis, em parte, pela excelente estabilidade do mel em frente a microorganismos. Na literatura, pelo menos 18 ácidos orgânicos do mel já foram citados. Sabe-se que o ácido glucônico está presente em maior quantidade, cuja presença relaciona-se com as reações enzimáticas que ocorrem durante o processo de amadurecimento. Já em menor quantidade, podem-se encontrar outros ácidos como: acético, butírico, lático, oxálico, fórmico, málico, succínico, pirúvico, glicólico, cítrico, butiricolático, tartárico, maléico, piroglutâmico, alfa-cetoglutárico, 2- ou 3-fosfoglicérico, alfa- ou beta-glicerofosfato e vínico (Strison et al., 1960; White, 1975; Mendes & Coelho, 1983).
Tan et al. (1988) constataram alguns ácidos aromáticos no mel unifloral de manuka (Leptopermum scoparium) que não estavam presentes no néctar de suas flores.
Os méis de manuka e de viperina (Echium vulgare), apresentam alta atividade antimicrobiana, podendo essa atividade estar relacionada com a presença de alguns tipos de ácido (Wilkins et al., 1993-95).
Minerais
Os minerais estão presentes numa concentração que varia de 0,02% a valores próximos de 1%. White (1975) constatou valores de 0,15% a 0,25% do peso total do mel.
Entre os elementos químicos inorgânicos encontrados no mel, podem-se citar: cálcio, cloro, cobre, ferro, manganês, magnésio, fósforo, boro, potássio, silício, sódio, enxofre, zinco, nitrogênio, iodo, rádio, estanho, ósmio, alumínio, titânio e chumbo (White, 1975; Pamplona, 1989). Na tabela 7 pode ser verificado o conteúdo de minerais no mel de acordo com sua cor e a recomendação de ingestão diária para o homem.
Embora em concentrações ínfimas, vitaminas, tais como: B1, B2, B3, B5, B6, B8, B9, C e D também são encontradas no mel, sendo facilmente assimiláveis pela associação a outras substâncias como o hidrato de carbono, sais minerais, oligoelementos, ácidos orgânicos e outros. A filtração do mel para fim comercial pode reduzir seu conteúdo de vitaminas, exceto a de vitamina K (Haydak et al., 1943). Segundo Kitzes et al. (1943), tal filtração retira do mel o pólen, responsável pela presença de vitaminas no mel.
Tabela 7: Conteúdo de minerais em méis claro e escuro e os requerimentos humanos
Outros
Os componentes menores do mel, como os materiais "flavorizantes" (aldeídos e álcoois), pigmentos, ácidos e minerais, influenciam consideravelmente nas diferenças entre tipos de mel. Sabatier et al. (1992) detectaram alguns flavonóides presentes no mel de girassol (conhecidamente rico em flavonóides). Em maiores concentrações, foram encontrados os seguintes flavonóides: pinocembrina (5,7-dihidroxiflavona), pinobanksina (3,5,7-trihidroxiflavonona), crisina (5,7-dihidroxiflavona), galangina (3,5,7-trihidroxiflavona) e quercetina (3,5,7,3’,4’-pentahidroxiflavona). Em menores concentrações: tectocrisina (5-hidroxi-7metoxiflavona) e quenferol (3,5,7,4’-tetrahidroxiflavona). Bogdanov (1989) usando HPLC constatou a presença de pinocembrina em quatro amostras de mel (duas de origem floral e duas de origem não-floral, o chamado "honeydew").
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br