O habitat das abelhas Apis mellifera é bastante diversificado e inclui savana, florestas tropicais, deserto, regiões litoraneas e montanhosas. Essa grande variedade de clima e vegetação acabou originando diversas subespécies ou raças de abelhas, com diferentes características e adaptadas às diversas condições ambientais. A diferenciação dessas raças não é um processo fácil, sendo realizado somente por pessoas especializadas, que podem usar medidas morfológicas ou análise de DNA.
A seguir, apresentam-se algumas características das raças de abelhas introduzidas no Brasil.
A seguir, apresentam-se algumas características das raças de abelhas introduzidas no Brasil.
Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Russia, provavelmente estendendo-se até a Península Ibérica.
Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas.
Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas.
Nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade caso o manejo seja inadequado.
Produtivas e prolíferas, adaptam-se com facilidade a diferentes ambientes.
Propolisam com abundância, principalmente em regiões úmidas.
Originárias da Itália.
Essas abelhas têm coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre apicultores de todo o mundo.
Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm).
Possuem sentido de orientação fraco, por isso, entram nas colmeias erradas freqüentemente.
Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças européias.
Essas abelhas têm coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre apicultores de todo o mundo.
Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm).
Possuem sentido de orientação fraco, por isso, entram nas colmeias erradas freqüentemente.
Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças européias.
Originárias do Vale do Cáucaso, na Rússia.
Possuem coloração cinza-escura, com um aspecto azulado, pêlos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm).
Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva.
Enxameiam com facilidade e usam muita própolis.
Sensíveis à Nosema apis.
Possuem coloração cinza-escura, com um aspecto azulado, pêlos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm).
Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva.
Enxameiam com facilidade e usam muita própolis.
Sensíveis à Nosema apis.
Originárias do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e Vale do Danúbio.
Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdome cinza ou marrom.
Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas.
Coletam "honeydew" em abundância.
São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem.
Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdome cinza ou marrom.
Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas.
Coletam "honeydew" em abundância.
São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem.
Apis mellifera scutellata (abelha africana)
Originárias do Leste da África, são mais produtivas e muito mais agressivas.
São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas européias. Sendo assim, suas operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às européias (21 dias), o que lhe confere vantagem na produção e na tolerância ao ácaro do gênero Varroa.
Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de alarme. Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos, podendo estimular a agressividade de operárias de colmeias vizinhas.
Ao contrário das européias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos.
Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis.
Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por fatores ambientais internos e externos.
São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas européias. Sendo assim, suas operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às européias (21 dias), o que lhe confere vantagem na produção e na tolerância ao ácaro do gênero Varroa.
Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de alarme. Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos, podendo estimular a agressividade de operárias de colmeias vizinhas.
Ao contrário das européias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos.
Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis.
Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por fatores ambientais internos e externos.
A abelha, no Brasil, é um híbrido das abelhas européias (Apis mellifera mellifera, Apis mellifera ligustica, Apis mellifera caucasica e Apis mellifera carnica) com a abelha africana Apis mellifera scutellata.
A variabilidade genética dessas abelhas é muito grande, havendo uma predominância das características das abelhas européias no Sul do País, enquanto ao Norte predominam as características das abelhas africanas.
A abelha africanizada possui um comportamento muito semelhante ao da Apis mellifera scutellata, em razão da maior adaptabilidade dessa raça às condições climáticas do País. Muito agressivas, porém, menos que as africanas, a abelha do Brasil tem grande facilidade de enxamear, alta produtividade, tolerância a doenças e adapta-se a climas mais frios, continuando o trabalho em temperaturas baixas, enquanto as européias se recolhem nessas épocas.